quarta-feira, 17 de junho de 2015

Um dia de Sol (Sunshine) 1973- A luta de uma jovem de 20 com o câncer.

 Filme com Christina Raines e Cliff De Young
Minha prima com as filhas Mayara, Isis e Alanis.  Saudades demais dessa lutadora que o câncer venceu em Dez de 2012.
Eu e a Cris com a filhinha Alanis


Eu e minha prima Lourdes que também o câncer levou em 2013. Muitas saudades.






Faz tanto tempo que não escrevo no blog e sempre tem pessoas que me escrevem para saber quando terei novidades. Então hoje venho falar de uma nova aquisição, um filme muito importante pra mim: Um dia de Sol ou Sunshine de 1973.Esse filme passou tantas vezes na Sessão da Tarde do plinplin nos anos 80, e me arrancou muitas lágrimas. Há muito tempo eu queria esse filme mas, só tinha ele original em Inglês. Finalmente, tenho legendado em Português e um resumido com a versão dublada da tv (mas são apenas 18 minutos).
Uma história muito triste baseada em história real do livro. O filme teve uma sequência em 1977, “Um dia de sol no Natal” (Sunshine Christmas). 
Mais tarde, pude reviver essa mesma história com uma prima muito querida chamada Cristina (coincidencia a atriz chama Christina Raines) que faleceu de câncer em dezembro de 2012. Foi muito triste e relembrei a história de Jacquelyn Marie Helton que coincidentemente morreu em 1971 ano que minha prima Cris nasceu, só que minha prima não gravava fitas para as 3 filhas e sim escrevia cartas. A mais nova delas tinha apenas 10 anos , uma de 14 e uma de 19 . E diferente de Lyn  Helton minha prima não desistiu de lutar, ao contrário, fez de tudo até o fim para viver. Dizia que se fosse preciso cortar uma perna para viver, ela o faria.Não importa quantos anos temos, perder nossa mãe é uma experiência muito triste. Eu já perdi a minha há 15 anos e tinha 39, então não importa a idade a gente sofre do mesmo jeito, O câncer é uma doença terrivel, que tem levado muitas pessoas que amamos, foram 5 primos  Cris, Lourdes, Zé, Orlando , Graziano ha dois meses e tenho amigos com essa doença. Por isso,esse filme tem um significado muito maior pra mim hoje.

Sunshine on my shouder (Luz do Sol em Meus Ombros)música de John Denver foi tema do filme.
O assunto do amor jovem, unindo a pessoas de espíritos livres dos anos 60, sob cenários paradisíacos e embalados pelas músicas de John Denver fazem esse filme ser inesquecível.
Denver morreu aos 53 anos em 12/10/1997 na região costeira de Monterey, na Califórnia, enquanto pilotava um avião experimental, feito de fibra de vidro.
 A  história é baseada na vida de Jacquelyn Marie Helton, que morreu em 1971 aos 20 anos, com um tipo de câncer raro, o sarcoma osteogênico.  Após sua morte, a escritora Norma Klein, contou sua história em livro, com base nas fitas gravadas por Jacquelyn.  Em 1973, sua história vira filme, dirigido por Joseph Sargent.

O filme é muito triste e dramático, mostra a luta dessa jovem pela vida, que deixa seu marido e uma filha de 2 anos.  Jovem, mãe, esposa apaixonada e a certeza da morte, fez com que registrasse seus momentos em um diário gravado em fitas K7, como lembranças e recordações para sua filha, do qual não vai ver crescer. 
Narrador: “Em 1971, uma jovem morreu, com a idade de 20 anos. Ela deixou um marido, uma filhinha de dois anos e um diário gravado em fitas. Um diário que contava o que era ser jovem, mãe, apaixonada e estar morrendo.
Os nomes das pessoas em sua vida foram mudados; mas mantivemos seu espírito e muitas das palavras reais de suas fitas”

Kate: “Take me home, country roads… eu quero que cantem Take me home, contry homes em meu funeral. Morrer é bonito, mesmo na tenra idade de 20. Não é fácil a maior parte do tempo, mas é possível descobrir a beleza ao saber que seu fim está próximo, e que você tem de aproveitar todo o amor, as risadas e lágrimas que puder.

Eu rezo para viver tempo suficiente para ver Jill se tornar um ser humano independente de mim. Pelo menos que ela possa pensar por si mesma, e que possa se lembrar de mim. Gosto da ideia da cremação, de ter minhas cinzas espalhadas pelas montanhas.”
Para tratar a doença seria preciso amputar a perna de Kate, o que ela recusa. Após meses de enjoos e mal-estar com o tratamento convencional de quimio e radioterapia, ela desiste e começa a gravar um diário em fitas cassetes com mensagens para  a filhinha, Jill, ouvir qunado crescer. Seu marido Sam Hayden (Cliff De Young) é contra a decisão dela de abandonar o tratamento e acha que isso é suicídio, o que causa conflitos entre eles, por que ele vê ela morrendo dia a dia sem poder fazer nada.

O filme é dramático e triste, e mostra a luta desta jovem para viver com dignidade o pouco tempo que lhe resta, e deixar um legado para a filha que não veria crescer.

Se Kate tivesse aceitado amputar a perna, provavelmente o câncer não se espalharia e ela poderia ter vivido muitos anos e acompanhado o crescimento da filha. Mas para uma jovem de 20 anos, independente e que considerava a liberdade tão importante, a decisão foi impensável. Pessoalmente, eu trocaria a perna pela minha vida, ainda mais tendo uma filha pequena para criar. Mas Kate não decidiu assim.
Um filme tão atual que infelizmente apos mais de 40 anos ainda não achamos a cura para essa doença.Quem não assistiu ainda, assista! Tão real em nossos dias. infelizmente a doença ainda existe e não tem cura. Graças a Jeová em breve Ele mesmo nos livrará de toda dor e sofrimento. (Apocalipse 21:4)

Beijocas púrpuras.
Carminha